Social perde mais de um trilhão de reais em sete anos

De acordo com dados colhidos pelo economista Evilásio Salvador, da coordenação do Fórum Brasil de Orçamento e que atua como assessor de política fiscal e orçamentária do Instituto de Estudos Sócioeconômicos, em Brasília, entre 2000 e 2007 foram retirados da área social pela famigerada "Desvinculação de Receitas da União" (mais conhecida como DRU) R$ 1,443 trilhão em recursos que seriam, teoricamente pelo menos, destinados a investimentos na área social (educação, saúde, habitação, etc).

No mesmo período, o igualmente famigerado "Superávit Primário" (*) retirou do país R$ 445,7 bilhões dirigidos para o pagamento de juros e outras obrigações das dívidas interna e externa (pública e privada) contraídas pelo Brasil.

Se juntássemos os dois montantes acima, certamente tudo o que está sendo executado e planejado pelo tal "PAC" - Programa de Aceleração do Crescimento - já estaria em funcionamento e atuando como vetores do desenvolvimento (com justiça social) do Brasil.

Até o momento, o dividendo do PAC mais visto pela sociedade brasileira é a alavancagem da candidata a candidata à presidência da república pela coalizão liderada pelo Partido dos Trabalhadores às eleições (quase) gerais em 2010, a ministra da Casa Civil, Dilma Vana Rousseff. Porém não só ela (ou quem quer que seja da coalizão) estará tendo a sua candidatura pavimentada pelo PAC. Outros candidatos do mesmo grupo político nos estados também vão "surfar nesta onda".

Enquanto isso, a tal da reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional prevê, entre outras coisas, o fim do PIS e da Cofins que são contribuições direcionadas ao financiamento da seguridade social, do trabalho e da educação, desmontando o que foi definido há quase 21 anos pela Constituição (cidadã) Federal promulgada em outubro de 1988.

E durma-se com um barulho desses!

(*) Receita menos despesa com o pagamento de juros e
encargos das dívidas interna e externa do Brasil.