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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Frases de efeito e política no 11º ano do século XXI

Na primeira metade dos anos setenta, Lúcio Flávio Vilar Lírio foi um famoso bandido que atuou no Rio de Janeiro e enfrentou tanto a perseguição quanto a cumplicidade de policiais e diante de um convite (atribuído a Mariel Maryscötte de Mattos um dos homens de ouro da polícia carioca de então e acusado mais tarde de corrupção e da criação do famigerado esquadrão da morte) cunhou a célebre frase: "bandido é bandido, polícia é polícia, não se misturam, são como água e azeite". 

A recente crise no governo da presidente Dilma Vana Rousseff me fez lembrar esta frase e o título desta postagem, guardadas as devidas proporções entre os dois casos. O equívoco de ter convocado Antonio Palocci para ser ministro, ele que já tinha saído desgastado do ministério da Fazenda no primeiro mandato de Lula, comprovou-se em tempo recorde.

A articulação política de qualquer governo requer alguém que siga o perfil da mulher de César que não deve só ser honesta, mas aparentar honestidade. Infelizmente o médico sanitarista Antonio Palocci foi incapaz de enquadrar-se nesta e muito menos na sentença (interpretada) proferida por Lúcio Flávio. Além do mais, se à Casa Civil coube o papel de fazer política (ao menos o chamado varejo) o/a titular tem a obrigação funcional de dialogar com os políticos, sejam ou não parlamentares, os governadores e os prefeitos.

Para isso é necessário a montagem de uma agenda e rotina de trabalho onde o ministro ou ministra não fique apenas em seu gabinete, mas também vá ao encontro deste conjunto de pessoas e faça a chamada interlocução necessária ao assessoramento político da presidência da república. A Casa Civil ou qualquer outro ministério que cuide de política é uma vivência experiência, mesmo para um(a) político(a) profissional com comprovada experiência em negociação.

Cada cidadão(dã) espera que nesta nova montagem do setor político do governo da presidente Dilma Vana Rousseff ela consiga escalar de modo mais adequado o seu time, especialmente o setor de meio de campo (político), que abastece o ataque (presidência) para que a artilheira (presidente) marque os gols para o seu time (governo). Feito isso ela desmentirá os que dizem que a presidente não gosta de política, o que não tem sentido pois senão ela jamais teria chegado à presidência da república.

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