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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Sob o signo do "mercado", um bilhão não se despreza

Em 2009 o mercado de venda de livros faturou cerca de R$ 3,4 bilhões. Só as compras do governo federal representam, no mínimo, um terço deste montante.

Por isso, cuidado ao vermos na chamada "grande imprensa/grande empresa" matérias sobre compras de livros feitas pelo Ministério da Educação. A mais recente polêmica envolvendo o livro " Por uma vida melhor" (coletânea de textos) editado pela Global Editora (não confundir com a concorrente Editora Globo das Organizações Globo) acusa a obra de ensinar alunos do ensino fundamental a escreverem errado. 

Na realidade, o que defende a obra é que além da chamada norma culta (que deve ser usada nos momentos em for exigida) há outras formas do campo popular que devem ser levadas em consideração, pois caso contrário pode quem estiver "falando errado" , em determinado contexto, sofrer desnecessário preconceito linguístico. ´

Mas apesar das explicações dadas, o que se impõe nos títulos e lides das matérias é a lógica do mercado. Que neste caso tem o tamanho de
R$ 3 bilhões e fomenta um tipo de competição acirrada entre empresas do setor. Por isso há de ser ter o devido cuidado com vários dos defensores da "educação de qualidade" e etc e tal. Se apurarmos bem corre-se o risco de descobrir a que interesses, de fato, estas pessoas estão a serviço.

Um mercado do valor de R$ 1 bilhão, vindo dos cofres públicos, não é nada desprezível, não acham?

  

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