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quinta-feira, 5 de julho de 2012

1º semestre 2012 traz muito pouco $ para igualdade racial

Até junho deste ano, foram gastos apenas 4,35%, do total autorizado de quase R$ 2 bilhões, do orçamento do País relativo à política de promoção da igualdade racial, conforme nos alerta o amigo de Brasília, Antonio Gomes. Ele repassou em  lista de discussão os dados que são de acesso público com o objetivo de alertar sobre a quem se deve cobrar o pouco dinheiro executado pelo orçamento público em uma área, formalmente falando, significativa para o governo federal. Se não fosse, pra que então criar a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial com status de ministério ?

Será que até dezembro o investimento neste campo será maior ?


Com a palavra, as autoridades competentes e os especialistas no assunto.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

“ Classe média alta “ contra cotas raciais... para negras(os)!

A mais recente pesquisa (*) sobre cotas raciais nas universidades públicas,  registra que 70% dos entrevistados com renda superior a dez salários mínimos (R$ 5.450,01 – para usar o rigor matemático) são contrários à adoção da medida dirigida a negras e negros e 30% favoráveis. Quando a pergunta é dirigida para a população indígena o percentual dos contra cai para 53%, enquanto 45% são a favor da cota para os indígenas.


Estas mesmas pessoas ao se posicionarem sobre a reserva de vagas para estudantes de baixa renda, sem a pergunta especificar o grupo étnico-racial, invertem o quadro: 64% passam a ser favoráveis às cotas, enquanto 36% mantém a posição contrária às mesmas.


Aparente contradição já que sabemos através de vários estudos, alguns datados do fim da década de 70 do século passado, que a grande maioria dos pobres no Brasil têm cor (pretos e pardos=negros).


Vale lembrar que quem ganha acima de dez salários mínimos já é alcançado pela alíquota de 27,5% de Imposto de Renda retido na fonte, o que já deixa este rendimento com menos R$ 723,95 mensais e coloca este “classe média alta” com úteis R$ 4.727,05 para enfrentar as demais despesas do mês. É este grupo de “ricos” (segundo teses patrocinadas por, p.ex, a Fundação Getúlio Vargas) que vem resistindo às reivindicações históricas do Movimento Negro, especificamente as de cunho político-econômico.



Em postagem anterior, veja o “link” da pesquisa completa.

(*) DataSenado ( Secretaria de Pesquisa e Opinião Pública / Secretaria Especial de Comunicação Social - Senado Federal)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Desigualdades no mercado de trabalho nas regiões metropolitanas

É o que aponta a mais recente edição do "Tempo Em Curso" e cujo link segue:


http://www.laeser.ie.ufrj.br/pdf/tempoEmCurso/TEC%202011-06.pdf

Segundo o seu coordenador, o economista e professor Marcelo Paixão, a região metropolitana de Salvador, Bahia, é onde se verifica a maior diferença de rendimento médio entre brancos e negros (pretos + pardos) do Brasil:  131,7% .

E isso com o país ainda em crescimento!

Imagine se estivéssemos em crise, como já enfrentamos em décadas do século passado.

Apoio popular às cotas raciais na universidade

Pesquisa divulgada esta tarde (14/07/2011) pelo instituto de pesquisas DataSenado revela que 66% dos entrevistados são à favor da adoção das cotas raciais para o ingresso de negras e negros  nas universidades públicas do Brasil.

A pesquisa completa encontra-se na página http://www.senado.gov.br/noticias/DataSenado/pdf/datasenado/DataSenado-Pesquisa-Educacao-publica-no-Brasil.pdf

Destaca-se ainda neste trabalho que 31% dos entrevistados apontaram os baixos salários dos profissionais de educação como o principal problema da educação básica (ensinos fundamental e médio), vindo em seguida  " a falta de qualificação dos professores (25%) e a má qualidade da estrutura física das escolas (10%)", conforme informação da Agência Senado.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Entra em vigor cotas raciais nos concursos públicos no RJ

Entrou em vigor nesta quinta-feira (07/07/2011) o decreto que reserva 20% das vagas em concurso público no Estado do Rio de Janeiro para negros (pardos e pretos) e indígenas. Os primeiros concursos a adotarem este decreto serão os para a Defensoria Pública e o Procon fluminenses previstos os editais para agosto próximo.

Conforme o decreto, o(a) candidato(a)  caso queira (facultativo) pode se auto-declarar negro(a) ou indígena ao se inscrever no concurso, o que não restringe o seu acesso apenas às vagas reservadas nas cotas. Em caso de falsidade nesta declaração, o(a) candidato(a) é eliminado(a) do concurso.